A hora do cisne
Este é o inferno congelado,
onde a água contraria sua natureza,
e onde os cisnes vêem para morrer.
É onde enterro minhas cartas de amor cretinas,
meu altruísmo canalha,
e o que ainda de humano existia em mim.
Por aqui não há solos de oboé,
nem de violoncelo,
como se pensa.
Um lugar onde os cisnes morrem,
só pode ser estéril.