Apenas um mentiroso hipócrita
Quem, eu? Eu não?
Não sou dono da verdade.
Sou apenas a mentira
Que vagueia solitária
Madrugada a fora.
De repente um olhar
Uma brisa, um encontro!
Ah!
Sou a hipocrisia perdida
Encontrada numa esquina!
A lua que enegrou a noite!
Num despudor ritimado
Entrego-me a lasciva!
O instito atrai o sexo,
O olhar, o cheiro, o toque, o rítimo, o gozo...
Ah! Ah o gozo...
O prazer fecundo!
Enlouquece-me o poder
De possuir e ser possuído
Numa entrega total
Assim como me fascinam
Olhos atentos lançados
Em movimentos sensuais
De ancas enlouquecidas
No encaixe perfeito do prazer!
Sou? Não sou? Eu não!
Não o dono da verdade,
Apenas um mentiroso hipócrita
Que se encontra perdido em que qualquer esquina...