TORNEI-ME POETA PARA APRENDER

Eu poeta aprendo...

A fazer as coisas certas,

Mesmo que não saiba fazer direito,

Que para toda impossibilidade,

Há uma possibilidade secreta;

E há sempre a última decisão

Guardada no fundo do peito,

Pois nem todo coração cria ilusão.

Eu poeta aprendo...

Que me desiludo por natureza,

Porque a ilusão não é bela como parece

E há algo de belo, no que não parece beleza,

Às vezes é tão fugaz que logo se esquece.

Eu poeta aprendo...

Que das raízes das minhas dúvidas

Vão brotando ramagens de amor e verdade

Um dia será uma árvore de questões resolvidas,

Seus frutos serão as sementes de uma pura realidade.

Eu poeta aprendo...

Que o amor que irradia por todos os meus poros abertos

É muito maior do que a dor que me abate

E me preserva sempre das agonias dos momentos incertos,

Por mais eu chore não há desencanto que me mate.

Eu poeta aprendo...

Que ter um desejo qualquer reprimido,

É o mesmo que não tomar um comprimido,

Se não sei pra que serve nunca irei tomar,

Desejo, só quando se sabe amar.

Eu poeta aprendo...

Que o que está contido em mim crescente,

Não são somente letras e versos, rimas e tom,

Há uma revolução de universo e evolução de gente,

Há uma certeza que me vem de dentro e abençoa meu dom.

Eu poeta aprendo...

Que tenho arte, que sonho com arte e suspiro com arte,

Que toda bela arte me fascina e inspira,

Que sou apenas um poeta e nunca serei um vate,

Que minha cabeça raciocina o que me espírito aspira.

Walterbrios 21/4/2009

Inspirado em: PORQUE TORNEI-ME POETA

de R0OSE AROUCK

Walter BRios
Enviado por Walter BRios em 21/04/2009
Reeditado em 22/04/2009
Código do texto: T1551909
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