ODE A EVO MORALES
ODE INDIGENA À EVO MORALES
Carmen L. Fossari
DOS COBRES DESCOBERTOS
SEMPRE NAS MÃOS DO ESTRANGEIRO
DA FOME FINCADA NA MÃO DE OBRA
BARATA
DAS ENGRENAGENS NOS NERVOS
AOS CORAÇÕES TRITURADOS
NOS ROSTOS A FACE TÃO CERTA
SUDORES GRITANDO SILENCIOS
OS NEGROS CABELOS
QUE AO SOL BRILHO E SEDA PARECEM
CAINDO ASSIM SOBRE CORPOS
COBERTOS DE CORES, DE LÃS
PROTETORAS
DO FRIO DE ALTITUDES INDORMIDAS
NAS TERRAS QUE SENDO SUAS
DO ESTRANGEIRO INVASOR
AOS PÉS SE LHE AFUNGENTARAM
E ALÍ DE ESPREITA FICARAM
VENDO A FESTA ESTRANGEIRA
DOS DE LONGE INVASORES
MUITOS TÃO POBRES DE SINA
AMALGAMARAM OUTRA VIDA
DOS OLHOS E MÃOS SE ENCONTRANDO
QUE TÃO DESPROVIDOS DAS TERRAS
AO VENTO SEUS CORPOS CRUZARAM
DE SILENCIOS NACERAM OS FILHOS
REPLETOS DE VOZ SUFOCADA
OLHANDO ALÍ NO INFINITO
AQUELE CAPAZ DE SONHAR
INCERTIDUMBRES
DOS FRUTOS QUE FRUTO MATARÁ A FOME?
QUE LÍNGUA FALARÁ MEU NETO?
QUECHUA, GRUARANÍ ?
FORJADA OUTRA LÍNGUA A FALAR ESPANHOL,
PORTUGUÊS
QUANTAS NAÇÕES DIZIMADAS
INCA MISTÉRIO E IMPÉRIO
MAIASTRONOMIA
E FORAM OS MIBIAS, BOROROS,MUISCAS,
E CENTENAS DE NAÇÕES DITAS ÍNDIAS
MILHÕES MORTOS A FOME, FACADA,FOICE
FÉ IMPOSTA
O ESTRANGEIRO SE FEZ DONATÁRIO
IDO FOI O TEMPO
DAS LIBERDADES
FORMAS TÃO DIFERENTES DE AMAR,
O VIVER SEM CONTAR POSSUIRES
EDUCAR E BRINCAR COM SEUS FILHOS
E PENETRAR NA MATA VIRGEM
E CONVERSAR COM ANIMAIS
E DOMINÁ-LOS SOBREVIVENCIAS
E MANTER VIVA AS ESPÉCIES
SOCIEDADES DAS TERRAS
PRE´COLOMBINAS
TUDO SEU TODO EM ENTORNOS
A MESMA HISTÓRIA DIVERSA
MERGULHO E NUDEZ DE UM RIO
TAMBÉM HÁ DOMINAÇÃO
UMA NAÇÃO
SE IMPONDO NO DOMÍNIO DO SABER
COBRANÇA DE BENESSES DE OUTRAS NAÇÕES MENORES
É VERDADE IMPÉRIOS NEFASTOS SÃO
É VERDADE
AS OUTRAS
CONTINUAVAM NAÇÕES
FALANDO SUAS PROPRIAS LÍNGUAS
DANÇAVAM SUAS PRÓPRIAS DANÇAS
RITUALIZAVAM SEUS DEUSES
SEUS SÁBIOS SENTENCIARAM A LUA CHEIA
BRILHANDO NOS RIOS
E MAR ABERTO
CLAREANDO OUTRA ROTA
PESCAR EM OUTRO RECANTO
DEIXANDO NOS SAMBAQUIS
FOTOS TRIDIMENSIONAIS
DE UM TEMPO GEOGRÁFICO
PARA ALGUNS ESTAR NOMADE
ERA A SOBREVIVENCIA
QUEM SABE DOS AFETOS
DOS DESAFIOS DE ESTAREM ATENTOS
AFINAL BREVE SEMPRE É A VIDA
E DOS PÉS CAMINHANDO AMÉRICAS
UMA ESTRADA AVIZINHA NAÇÕES
UM SONHO
UMA UTOPIA
O CORAÇÃO SE HARMONIZA
HÁ O OUTRO DIA QUE CHEGA
SE O CAMINHO DO ESTRANGEIRO
PASSADOS 5 SÉCULOS SÓ ELE PODIA PASSAR
JÁ NÃO MAIS !
SENHORES
ASSOMAMOS ESTA ESTRADA
NADAMOS NESTE RIO CAUDALOSO
DE SANGUE
DORES
SILENCIOS
MAS DELE EXTRAÍMOS OUTRA SEIVA
NOSSOS PÉS PISAM ESTA ESTRADA
AS NOSSOAS MÃOS CONSTROEM ATALHOS
PRECISAMOS MERGULHAR NA TERRA AS MÃOS
IMEMORIAIS DOS ANTEPASSADOS
NOSSO COBRE, NOSSO OURO, NOSSA PRATA
NOSSA MATAS
NOSSO ORGULHO LATINO AMERICANO
É O POVO NÃO MAIS SENHORES
A CAMINHADA VEM DESDE OUTRA ESTRADA
A ALCANÇAREMOS EM SONHOS
FOI OUTRO DIA SONHANDO COM UM CAMARADA
QUE AMAVA NOSSA PELE INDIA, NEGRA, MORENA
SIMON BOLÍVAR FOI UM NOME, VIERAM TANTOS OUTROS
UM COMANDANTE DE ESTRELAS E SONHOS DOS ARGENTEOS
PAMPAS GUEVARA SEGREDOU QUE ERA POSSÍVEL
ATÉ QUE UM DIA
NA MAIS INGREME NOITE
TODAS AS MÃOS UNIDAS TOCARAM NA BORDA DA LUA
REFLETIU-SE ESPELHO
NOSSOS ROSTOS ÍNDIOS LATINO AMERICANOS,
NOSSAS IMAGENS DE ALMAS SILENTES
ECOAM OS SONS , TÃO FORTES E DOCES
DAS FLORESTAS AS RUAS DE VILAREJOS E CIDADES
ONDE ESCONDIDOS DE NÓS MESMOS VIVÍAMOS
AGORA ALI REFLETIDO
UM NOME ALCANÇA NUVENS
E DESCE A MAIS CÁLIDA CHUVA
ESTAMOS TODOS ALÍ
CORTOU A NOITE MAIS DENSA
ECOA O DIA CHEGANDO
POR NÓS QUE SEGUIMOS A ROTA
DE ESTRADAS TÃO TORTUOSAS
EVO MORALES
CHEGAMOS, NA OUTRA MARGEM DO RIO.
Por Carmen Lúcia Fossari .Em 9 de Febrero de 2006
PUBLICADO NO BLOG WWW.CARMENFOSSARI-ARMAZEMDAPALAVRA.BLOGSPOT.COM
ODE INDIGENA À EVO MORALES
Carmen L. Fossari
DOS COBRES DESCOBERTOS
SEMPRE NAS MÃOS DO ESTRANGEIRO
DA FOME FINCADA NA MÃO DE OBRA
BARATA
DAS ENGRENAGENS NOS NERVOS
AOS CORAÇÕES TRITURADOS
NOS ROSTOS A FACE TÃO CERTA
SUDORES GRITANDO SILENCIOS
OS NEGROS CABELOS
QUE AO SOL BRILHO E SEDA PARECEM
CAINDO ASSIM SOBRE CORPOS
COBERTOS DE CORES, DE LÃS
PROTETORAS
DO FRIO DE ALTITUDES INDORMIDAS
NAS TERRAS QUE SENDO SUAS
DO ESTRANGEIRO INVASOR
AOS PÉS SE LHE AFUNGENTARAM
E ALÍ DE ESPREITA FICARAM
VENDO A FESTA ESTRANGEIRA
DOS DE LONGE INVASORES
MUITOS TÃO POBRES DE SINA
AMALGAMARAM OUTRA VIDA
DOS OLHOS E MÃOS SE ENCONTRANDO
QUE TÃO DESPROVIDOS DAS TERRAS
AO VENTO SEUS CORPOS CRUZARAM
DE SILENCIOS NACERAM OS FILHOS
REPLETOS DE VOZ SUFOCADA
OLHANDO ALÍ NO INFINITO
AQUELE CAPAZ DE SONHAR
INCERTIDUMBRES
DOS FRUTOS QUE FRUTO MATARÁ A FOME?
QUE LÍNGUA FALARÁ MEU NETO?
QUECHUA, GRUARANÍ ?
FORJADA OUTRA LÍNGUA A FALAR ESPANHOL,
PORTUGUÊS
QUANTAS NAÇÕES DIZIMADAS
INCA MISTÉRIO E IMPÉRIO
MAIASTRONOMIA
E FORAM OS MIBIAS, BOROROS,MUISCAS,
E CENTENAS DE NAÇÕES DITAS ÍNDIAS
MILHÕES MORTOS A FOME, FACADA,FOICE
FÉ IMPOSTA
O ESTRANGEIRO SE FEZ DONATÁRIO
IDO FOI O TEMPO
DAS LIBERDADES
FORMAS TÃO DIFERENTES DE AMAR,
O VIVER SEM CONTAR POSSUIRES
EDUCAR E BRINCAR COM SEUS FILHOS
E PENETRAR NA MATA VIRGEM
E CONVERSAR COM ANIMAIS
E DOMINÁ-LOS SOBREVIVENCIAS
E MANTER VIVA AS ESPÉCIES
SOCIEDADES DAS TERRAS
PRE´COLOMBINAS
TUDO SEU TODO EM ENTORNOS
A MESMA HISTÓRIA DIVERSA
MERGULHO E NUDEZ DE UM RIO
TAMBÉM HÁ DOMINAÇÃO
UMA NAÇÃO
SE IMPONDO NO DOMÍNIO DO SABER
COBRANÇA DE BENESSES DE OUTRAS NAÇÕES MENORES
É VERDADE IMPÉRIOS NEFASTOS SÃO
É VERDADE
AS OUTRAS
CONTINUAVAM NAÇÕES
FALANDO SUAS PROPRIAS LÍNGUAS
DANÇAVAM SUAS PRÓPRIAS DANÇAS
RITUALIZAVAM SEUS DEUSES
SEUS SÁBIOS SENTENCIARAM A LUA CHEIA
BRILHANDO NOS RIOS
E MAR ABERTO
CLAREANDO OUTRA ROTA
PESCAR EM OUTRO RECANTO
DEIXANDO NOS SAMBAQUIS
FOTOS TRIDIMENSIONAIS
DE UM TEMPO GEOGRÁFICO
PARA ALGUNS ESTAR NOMADE
ERA A SOBREVIVENCIA
QUEM SABE DOS AFETOS
DOS DESAFIOS DE ESTAREM ATENTOS
AFINAL BREVE SEMPRE É A VIDA
E DOS PÉS CAMINHANDO AMÉRICAS
UMA ESTRADA AVIZINHA NAÇÕES
UM SONHO
UMA UTOPIA
O CORAÇÃO SE HARMONIZA
HÁ O OUTRO DIA QUE CHEGA
SE O CAMINHO DO ESTRANGEIRO
PASSADOS 5 SÉCULOS SÓ ELE PODIA PASSAR
JÁ NÃO MAIS !
SENHORES
ASSOMAMOS ESTA ESTRADA
NADAMOS NESTE RIO CAUDALOSO
DE SANGUE
DORES
SILENCIOS
MAS DELE EXTRAÍMOS OUTRA SEIVA
NOSSOS PÉS PISAM ESTA ESTRADA
AS NOSSOAS MÃOS CONSTROEM ATALHOS
PRECISAMOS MERGULHAR NA TERRA AS MÃOS
IMEMORIAIS DOS ANTEPASSADOS
NOSSO COBRE, NOSSO OURO, NOSSA PRATA
NOSSA MATAS
NOSSO ORGULHO LATINO AMERICANO
É O POVO NÃO MAIS SENHORES
A CAMINHADA VEM DESDE OUTRA ESTRADA
A ALCANÇAREMOS EM SONHOS
FOI OUTRO DIA SONHANDO COM UM CAMARADA
QUE AMAVA NOSSA PELE INDIA, NEGRA, MORENA
SIMON BOLÍVAR FOI UM NOME, VIERAM TANTOS OUTROS
UM COMANDANTE DE ESTRELAS E SONHOS DOS ARGENTEOS
PAMPAS GUEVARA SEGREDOU QUE ERA POSSÍVEL
ATÉ QUE UM DIA
NA MAIS INGREME NOITE
TODAS AS MÃOS UNIDAS TOCARAM NA BORDA DA LUA
REFLETIU-SE ESPELHO
NOSSOS ROSTOS ÍNDIOS LATINO AMERICANOS,
NOSSAS IMAGENS DE ALMAS SILENTES
ECOAM OS SONS , TÃO FORTES E DOCES
DAS FLORESTAS AS RUAS DE VILAREJOS E CIDADES
ONDE ESCONDIDOS DE NÓS MESMOS VIVÍAMOS
AGORA ALI REFLETIDO
UM NOME ALCANÇA NUVENS
E DESCE A MAIS CÁLIDA CHUVA
ESTAMOS TODOS ALÍ
CORTOU A NOITE MAIS DENSA
ECOA O DIA CHEGANDO
POR NÓS QUE SEGUIMOS A ROTA
DE ESTRADAS TÃO TORTUOSAS
EVO MORALES
CHEGAMOS, NA OUTRA MARGEM DO RIO.
Por Carmen Lúcia Fossari .Em 9 de Febrero de 2006
PUBLICADO NO BLOG WWW.CARMENFOSSARI-ARMAZEMDAPALAVRA.BLOGSPOT.COM