Espera

Espreitaste no tempo

Em vigia se pôs

Em busca de sua presa

Que alforrie os teus anseios

Perdeste na contagem

Das horas incontáveis

Demarcaste o espaço

Em teu pensamento

Para que no exato momento

Só de amor consista tua vida

Foste paciente, foste cauteloso

Ao tempo não lhe coube cobranças

Vieste em teu auxílio,

Teu amigo se fez...

Fora cúmplice de tuas tentativas,

De seus fracassos, fora o braço que te amparaste

Provaste do mel e do fel,

Em igual proporção

Foste aos céus e aos infernos

Numa mesma estação...

Acalmaste por momentos teu coração

Pelas muitas juras de amor

E esse mesmo coração se viu

Em altas tempestades, pelas palavras que não se cumpriu.

Por vezes, abatera-lhe o desânimo,

Porém é teu sonho... Teu sustento

E para sonhar não é preciso esperar...

ziza Silvestre
Enviado por ziza Silvestre em 12/05/2006
Reeditado em 15/06/2006
Código do texto: T155112
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