CAMINHOS ATAZANADOS

Sigo a minha sombra

e assombro o que me sobra.

Assovio para espantar o medo

e inaugurar a obra,

tardo para acordar-me cedo...

cedo para sentir-me forte

silencio no cio do meu norte

na displicência da minha essência

faço-me ciência sem complacência

jogo-me sem as minhas cartas

rogo-me pelas minhas satúrnicas barbas

e me farto de fel no teor de todo mel

não sei se me acho ou se me perco

não sei se me estanco ou se me esterco.

Na incerteza ponham-me servido à própria mesa

e gritem par ou ímpar sem repasses

ou proclamem-me campeão

nos W-O dos meus impasses...

Serrinha, ainda, 20/04/2009

Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 20/04/2009
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