CAMINHOS ATAZANADOS
Sigo a minha sombra
e assombro o que me sobra.
Assovio para espantar o medo
e inaugurar a obra,
tardo para acordar-me cedo...
cedo para sentir-me forte
silencio no cio do meu norte
na displicência da minha essência
faço-me ciência sem complacência
jogo-me sem as minhas cartas
rogo-me pelas minhas satúrnicas barbas
e me farto de fel no teor de todo mel
não sei se me acho ou se me perco
não sei se me estanco ou se me esterco.
Na incerteza ponham-me servido à própria mesa
e gritem par ou ímpar sem repasses
ou proclamem-me campeão
nos W-O dos meus impasses...
Serrinha, ainda, 20/04/2009