Estilhaços...
Quebram-se os cristais
ao som, que a ventania propaga,
são as juras, perjúrios e promessas
que caem na madrugada...
Percorrem os labiritos,
preenchem os corações,
assomam-se dentro das almas
e partem... como ilusões...
Restam os restos jazidos
de um nada que floresceu,
etéreo foi o tempo florido,
há tempos já feneceu...
Fica um choro, pétreo lamento
num carpir de carpideiras,
assim fluem-se os olhares
recolhidos pelo vento...
As marcas são cicatrizes
nesses cristais, delineadas
se marcam como raízes,
pelo tempo eternizadas...
Quebram-se os cristais... estilhaçam, nada mais...
imagem: Google