quando a vidraca quebra
quando a vidraca quebra
nao importa fechar a janela
a tempestade invade
varre o medo e a saudade
o peito repleto parece
como se vazio fosse
vem na boca
um cheiro doce
e num relance
vao-se as roupas
e sensacoes estranhas
as mais loucas
se espalham pelo corpo
nas entranhas
e nenhuma artimanha que seja
acalma
como se morasse na alma
todo desejo
e tudo terminasse
ou comecasse
simplesmente num beijo