quando a vidraca quebra

quando a vidraca quebra

nao importa fechar a janela

a tempestade invade

varre o medo e a saudade

o peito repleto parece

como se vazio fosse

vem na boca

um cheiro doce

e num relance

vao-se as roupas

e sensacoes estranhas

as mais loucas

se espalham pelo corpo

nas entranhas

e nenhuma artimanha que seja

acalma

como se morasse na alma

todo desejo

e tudo terminasse

ou comecasse

simplesmente num beijo

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 19/04/2009
Reeditado em 20/04/2009
Código do texto: T1548682