Gravidade

Ainda há espaços vazios dentro de mim,

São gritos abafados que me assustam.

São gemidos perdidos que resvalam

E assopram nos meus olhos. É dor sem fim.

É um parir a mais, é sempre assim.

Faço versos, faço rimas. Me calam,

Os versos e as rimas que nada falam.

Parece que, a este mundo, ainda não vim.

São pais e filhos, todos adotivos.

Deste País sem Ação, sem solução.

Somos todos estranhos, Inativos.

Ó Presidente! Como manter vivos

Estes seus entes carentes de ação?

Mas queridos, esquecidos, Ativos.

Pedro Cardoso DF
Enviado por Pedro Cardoso DF em 12/05/2006
Código do texto: T154747
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