Gravidade
Ainda há espaços vazios dentro de mim,
São gritos abafados que me assustam.
São gemidos perdidos que resvalam
E assopram nos meus olhos. É dor sem fim.
É um parir a mais, é sempre assim.
Faço versos, faço rimas. Me calam,
Os versos e as rimas que nada falam.
Parece que, a este mundo, ainda não vim.
São pais e filhos, todos adotivos.
Deste País sem Ação, sem solução.
Somos todos estranhos, Inativos.
Ó Presidente! Como manter vivos
Estes seus entes carentes de ação?
Mas queridos, esquecidos, Ativos.