De auroras e de paixão...
I
Tem horas que fico a pensar
E nem sei se é bem assim.
Há tanta coisa estranha na vida,
Que lendo meus pensamentos
Ou rio, ou choro ou fico quieto.
Depois, ao longo da noite
Imagino cantigas para dormir,
Enquanto um vento ligeiro
Visita meus sonhos...
... lá vou eu, hesitante
Eterno cavaleiro andante
Sem parada e sem amor.
Às vezes canto,
Às vezes me calo,
A vida é um grande embalo...
II
Tenho pavor dos relógios
Marcando as horas sem parar.
Com eles meu tempo é efêmero
E a vida uma casca de noz...
III
E agora que faço aqui parado
À espera que o vento passe
E que o tempo ressuscite
A alegria de viver...
IV
Tento ler um livro e não consigo
Não há flores no jardim.
E os espinhos são agudos
A ferir minha alma, pobre de mim...
V
Tantas coisas ficaram para trás...
Tantos amores passaram
Tanta dor,
E essa solidão...
VI
Não há mais rastros nos caminhos de outrora.
Todos os luares ficaram inúteis.
Calaram violão e poeta.
No papel branco apenas um verso de adeus.
VII
Ao longe
Uma canção cigana
Traz lembranças antigas
De estradas e de auroras.
Em seus versos
Há marcas de paixão,
Tingindo de vermelho
Uma história de amor...
VIII
De onde venho
Chovem pétalas de rosas
Nas tardes de abril.
Há uma cantina na esquina
Onde há dança e bailarina
Como nunca ninguém viu...
IX
Por outro lado
Há um deserto
Parece mais mar aberto
De silêncio e imensidão.
Não há mais canto de pássaros,
Apenas um triste mormaço
E em tudo só solidão...
X
As pessoas não morrem
Apenas mudam...
Há pouco tempo
Numa cidade, outro lugar
Encontrei um amigo que há tempos partiu
Tomando cerveja na mesa de um bar...
XI
Vontade de rir há muita,
De chorar também.
Triste sina de ser alguém,
Que vive aqui e ali
À procura de um bem...
Cravinhos, 18 de abril de 2009.
I
Tem horas que fico a pensar
E nem sei se é bem assim.
Há tanta coisa estranha na vida,
Que lendo meus pensamentos
Ou rio, ou choro ou fico quieto.
Depois, ao longo da noite
Imagino cantigas para dormir,
Enquanto um vento ligeiro
Visita meus sonhos...
... lá vou eu, hesitante
Eterno cavaleiro andante
Sem parada e sem amor.
Às vezes canto,
Às vezes me calo,
A vida é um grande embalo...
II
Tenho pavor dos relógios
Marcando as horas sem parar.
Com eles meu tempo é efêmero
E a vida uma casca de noz...
III
E agora que faço aqui parado
À espera que o vento passe
E que o tempo ressuscite
A alegria de viver...
IV
Tento ler um livro e não consigo
Não há flores no jardim.
E os espinhos são agudos
A ferir minha alma, pobre de mim...
V
Tantas coisas ficaram para trás...
Tantos amores passaram
Tanta dor,
E essa solidão...
VI
Não há mais rastros nos caminhos de outrora.
Todos os luares ficaram inúteis.
Calaram violão e poeta.
No papel branco apenas um verso de adeus.
VII
Ao longe
Uma canção cigana
Traz lembranças antigas
De estradas e de auroras.
Em seus versos
Há marcas de paixão,
Tingindo de vermelho
Uma história de amor...
VIII
De onde venho
Chovem pétalas de rosas
Nas tardes de abril.
Há uma cantina na esquina
Onde há dança e bailarina
Como nunca ninguém viu...
IX
Por outro lado
Há um deserto
Parece mais mar aberto
De silêncio e imensidão.
Não há mais canto de pássaros,
Apenas um triste mormaço
E em tudo só solidão...
X
As pessoas não morrem
Apenas mudam...
Há pouco tempo
Numa cidade, outro lugar
Encontrei um amigo que há tempos partiu
Tomando cerveja na mesa de um bar...
XI
Vontade de rir há muita,
De chorar também.
Triste sina de ser alguém,
Que vive aqui e ali
À procura de um bem...
Cravinhos, 18 de abril de 2009.