Relicário.
Correntezas justificaram a luta
Esta teimosia em resistir e sobreviver,
Nadar e aprender nas marés;
Verter uma crise, noutra crise e suceder...
Apreender a vida foi mais sensato que viver
Construindo as armadilhas no medo.
Muralhas de ilegítima defesa cercearam o tino,
Sufocando o menino que recusava crescer
Atacando sombras, vencendo moinhos
Não conquistou medalhas, nem caminhos...
Através da vidraça o cheiro da chuva que grassa
Resgatou o menino que pisava nas poças
Que andava esquecido numa nuvem da memória
E agora corre com o cabelo em desalinho...