Abstráctico
Não convém a minha carne
A verdade da tua mentira
A loucura do teu silêncio,
O calor do teu corpo gelado...
Meu ser oculto...abstráctico
Conhece a face dos teus pensamentos
Calados no vão momento.
Largado na espessura do profundo tempo...
Não direi-te do meu estranho templo,
Onde enterro minha memórias
Onde acorrentado no escuro do medo,
Meu perfurado peito implora:
_Não és a mim o que me pertence,porque choras?
Sou apenas uma incógnita perdida no vento,
Procurando por entre os mundos (e submundos)
Um corpo abstráctico que me caiba.