Palavras

Escritas, lidas, cantadas

Antigas, novas, inventadas

Sentidas, gemidas, gritadas

Que dizem de tudo no nada

Amigas de boca fechada

Nas bocas abertas vazadas

No canto da bocas surradas

Palavras malditas faladas

Derrubam no chão das estradas

As bocas que ficam fechadas

E elas caem desmaiadas

Na ponta das línguas paradas

De muitas gargantas cortadas

Que teimam em ficar entaladas

Em soluços e arquejos no nada

que rezam, que cantam baladas

em todas as línguas faladas

Benditas, efêmeras, sagradas

no préstimo e poder camaradas

A todas meu muito obrigada!

Marilu Santana
Enviado por Marilu Santana em 07/05/2005
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