A formiga

No meu recente surto

de produção literária

acusaram-me de querer fazer poema

até de uma diminuta formiga.

Ora, ora, ora...

se a vida está cheia de poesia,

por que tal pobre ser da natureza

não seria digno merecedor

também de um poema?

Oh, formiguinha!

Minúscula apenas em tamanho

tens mais força que o ser humano.

Carregas muitas vezes o teu peso,

esforçada no teu trabalho

e organizada na tua comunidade.

Oh, formiga amiga!

Perdoai as que vitimamos

sem querer, sem ver,

não temos culpa.

Assim como nós perdoamos

a quem nos tem picado

sem nada termos feito,

sem merecermos.

Oh, formiga!

Se nos esquecemos de ti

tu nos lembras tarde demais

infestando (ou festejando!)

açucareiros, doces e tudo mais.

Vi poema até de pernilongos,

Já vi filmes e fábulas de formigas

mas agora poema meu já não falta

da nossa amiga formiguinha.

(no carro durante a viagem de Rio Preto a Sanca, gravei no celular e depois transcrevi, 22/01/2009)

Hélio Fuchigami
Enviado por Hélio Fuchigami em 17/04/2009
Reeditado em 02/05/2009
Código do texto: T1543547
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