Nando e Odara

Foi-se Odara.

Ficou Nando.

Com ele, o peso da permanência

e a saudade

da pura indecência.

Triste Nando,

que por amor se despiu

e de solidão se vestiu.

Para onde foi Odara?

Em que barco navega?

Triste Nando, que busca

rotas conhecidas

nas esperanças amanhecidas

de horas mal dormidas.

Para onde foi Odara?

Por que tanto se amara?

Por que tanto se dara?

Triste Nando . . .