UM CERTO ADEUS

Eu deixarei que morra em mim

a vontade de tocar teu corpo levemente.

Deixarei que aflore o medo da verdade,

e o amor que é mais louco... incoerente.

Deixarei a fantasia que existia,

e as palavras que jamais irei dizer,

deixarei que morra o grito rouco,

e aquele encantamento que foi pouco,

que nunca... em nenhum tempo, conseguiu

a sua vida peencher.

Deixarei que fique o choro reprimido,

que irá, voltar na fria madrugada.

Deixarei no ar a mão que acaricia,

o desejo intenso, a paixão alucinada.

Deixarei que morra em mim,

o olhar mais penetrante,

o riso triste, o lembrar distante.

Deixarei a lágrima contida,

que um dia foi de emoção e alegria.

Deixarei a mais querida melodia,

que embalava nossos sonhos

noite à dentro, onde a dança,

da entrega, totalmente,

nos envolvia.

Deixarei o tempo,

naquele espaço,

onde em teu abraço,

eu me perdia.

Deixarei a vida, que escorregou,

entre os dedos meus,

que perdida foi...

quando eu vi no teu olhar...

um certo adeus.

Dete Acioli
Enviado por Dete Acioli em 16/04/2009
Reeditado em 17/04/2009
Código do texto: T1542910
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