Concreto

Fluxo contínuo,

amarga realidade.

Movimento que não cessa,

nada que impeça

tanta barbaridade.

Sangue, morte.

Horror... sorte?

E aqui, o que faço?

Cruzo os braços e espero.

Não, eu não quero.

Posso mais do que isso.

Fecho os olhos, barulho.

Quase não sonho,

mergulho.

Sou entulho

de um mesmo canto.

Espanto.

Eriço.

Paolo Gracco
Enviado por Paolo Gracco em 16/04/2009
Reeditado em 29/03/2013
Código do texto: T1541823
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