Concreto
Fluxo contínuo,
amarga realidade.
Movimento que não cessa,
nada que impeça
tanta barbaridade.
Sangue, morte.
Horror... sorte?
E aqui, o que faço?
Cruzo os braços e espero.
Não, eu não quero.
Posso mais do que isso.
Fecho os olhos, barulho.
Quase não sonho,
mergulho.
Sou entulho
de um mesmo canto.
Espanto.
Eriço.