Suícidio Poético

Às vezes eu paro , sentado na areia

Pra ver a onda quebrar sua espuma

Me escondo do sereno,

Debaixo de uma telha

Às vezes me escondo da chuva

Às vezes eu paro pra pensar na vida

Nas coisas que já perdi

Minha lágrima alaga minha alma

Quando lembro que te vi partir

Às vezes eu choro sozinho

Na sombra escura da minha solidão

Minha garganta quér desabafar

Que cansou de te pedir carinho

Que cansou de te pedir atenção

Às vezes eu ando no calçadão

E vejo os rapazes, as moças e as pombas

Meu coração assim aperta

Às vezes que tu me assombras

As vezes eu me desespero

Não sei por onde começar

Não conheço o fim da vida

Mas conheço o meu fim

A minha hora de partir

[Adeus!

...

Se eu não fosse tão covarde!

...

Adeus!

...

Se eu não tanto te amasse!

...

Adeus!]

Guilherme Sodré
Enviado por Guilherme Sodré em 16/04/2009
Código do texto: T1541714