Suícidio Poético
Às vezes eu paro , sentado na areia
Pra ver a onda quebrar sua espuma
Me escondo do sereno,
Debaixo de uma telha
Às vezes me escondo da chuva
Às vezes eu paro pra pensar na vida
Nas coisas que já perdi
Minha lágrima alaga minha alma
Quando lembro que te vi partir
Às vezes eu choro sozinho
Na sombra escura da minha solidão
Minha garganta quér desabafar
Que cansou de te pedir carinho
Que cansou de te pedir atenção
Às vezes eu ando no calçadão
E vejo os rapazes, as moças e as pombas
Meu coração assim aperta
Às vezes que tu me assombras
As vezes eu me desespero
Não sei por onde começar
Não conheço o fim da vida
Mas conheço o meu fim
A minha hora de partir
[Adeus!
...
Se eu não fosse tão covarde!
...
Adeus!
...
Se eu não tanto te amasse!
...
Adeus!]