O Amor Eterno

 
As nuvens deslizam
por entre os arbustos
na suavidade perdida
de terras esquecidas
 
Um pombo desesperado
com seu encanto
da magia púrpura
sente-as passar
 
Procura a sua amada
a pomba branca
com paradeiro desconhecido
quantas vezes a paixão sentida
 
O amor tocara forte
em seu coração destroçado
por aquela ausência desconhecida
suas asas dançavam em vão
 
Passou por montes e vales
e nada encontrara
Procurou a águia
e nada soube de qualquer sombra
 
Na dúvida atravessou campos
recheados de caçadores
de repente viu a pomba
sua amada para a eternidade
 
Mas o azar foi muito
e foi atingido por um tiro
certeiro e mortal
As lágrimas e o sangue misturavam-se
 
A pomba desesperada
atirou-se ao caçador
que ficou cego
mas ela também morreu
 
Os anos passaram-se
e naquele lugar
duas flores surgiram
que ninguém as apanhou
 
Com o passar do vento
entoavam cânticos de amor
e se abraçavam com muita ternura
como sobreviventes de um amor infinito.
pedrovaldoy
Enviado por pedrovaldoy em 15/04/2009
Reeditado em 22/11/2009
Código do texto: T1541442