Pingos no chão

Estava preso no fundo do baú

Todos os caroços do angú

Subiu quebrando corrente

Feito larva efervecente.

Não respeitou a censura

Nem olhares de ternura

Transbordou em líquido

O que era sólido no espírito.

Umideceu o cimento

Desabando o firmamento,

Fez da pedra um argumento

Em seu peito cinzento.

Sem esforço gota por gota

Situação afoita

De repente o rio levou

Tudo aquilo que guardou.

E os rios se encontraram

No grande mar,os abraçaram

E os peixes nadaram livremente

Cada um brotando sua semente!

Ligia Albarracin
Enviado por Ligia Albarracin em 15/04/2009
Reeditado em 11/09/2022
Código do texto: T1540666
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