carpido
esta quietude
tomara que fosse um grito
assoma-me agora esta nostalgia
como se séculos se sucedessem
e eu perdurasse amordaçada
sentimento escusado
pois poderia ter a lua e as estrelas
o mar que neste ocaso me acalenta
é de um nada e de um tudo que me lamento
como se balançasse ao capricho do vento
inigualável sensação de desequilíbrio
e aonde vou esgaravatar o resto de um alento?
careço dele como de cada refeição
está angélico o mar
prateado com o sol a premeditar perder-se nele
os meus olhos cravam o absoluto
aspiro-o neste sufoco
enquanto ainda o mereço