Cão daninho

Cabeça aos turbilhões

nunca paro de sofrer a fúria diária

Comparo os dias enlouquecidos

com o ameno tempo das diligências

Ao silêncio insone de cidades fantasmas

só faltam tiroteios para continuarem mortas

São os mesmos enforcados feito pêndulos

Os mesmos cadafalsos e executores

Turbilhonado

tento salvar-me ligando o mundo

A tevê mostra a vida nada fantasma

Arrasta correntes dos milhões de vivos-mortos

Valas comuns

Vida executada em massa

Com os bombardeios no Iraque

pelos cães daninhos de xerife busheet

durmo meu pesadelo e realidade

Mísseis varrem populações

Abrem precipícios no mundo

ecoando

ecoando

ecoando

acuando busheanamente

Rossyr Berny
Enviado por Rossyr Berny em 10/05/2006
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