Natasha
Contava-lhe os cílios dos olhos
Mas me incomodava tanto
Não saber mensurar sua beleza
Que me atravessa a vista
Perguntava-me a atrevida
O que fazer com tanta beleza, jovem?
E me deixava assim, tonto de lá e cá
Surdo, mudo, largado no chão
Quando logo, lhe resmungava
Ô vida... És assim, tão velha para mim
Para negar qualquer bebida...
Que me desça rasgando a garganta...?