Densidade

Se derem a ele uma pedra,

Ele a transforma em poema.

E assim vai,

Cambalenado daqui e dalí,

Para no fim, não dizer nada.

Mas nosso horror ao vácuo,

Quer ver apenas,

As evoluções de volutas,

E volumes barrocos.

Não suporta a matéria dura,

Diluída em frases pouco densas.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 10/05/2006
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