LENDAS PERDIDAS

É a saudade áspera de mim mesmo

O buraco negro por onde me entranho

Nas profundezas de meu espírito revel

E reviro, aflito, minhas gavetas internas

À busca das lendas que faziam do mundo

Meu mundo azul e coberto de quimeras.

Não me lembro mais onde elas estão;

Eu, temeroso, as guardei bem guardadas

Quando era ingênuo escutador de estórias.