SOBRE O PARAPEITO DO INFINITO

De Regilene Rodrigues Neves

Desmaia a rosa

No parapeito do infinito

Sonhos molhados de noite

Orvalha o perfume

Que evapora da essência...

Uma lagrima adocicada

Cai desprendida de sentimentos...

O amor esquecera ali

O presente oferecido aos céus

Como prova secreta do coração

Em seu desejo de paz!

Na face branca da pétala

Uma ode declara a poesia

Esquecida ao relento

Uma prece em lamento

Jaz sobre o tempo

Feito relicário de lembranças

Guardadas de saudade...

A poesia avista

A dimensão in loco

No lugar da alma...

Suas folhas alongadas

Em dois braços

Abraçam o corpo

Na carência sentida

No abandono ali

Sobre um precipício de ilusões...

A esmo o destino

Numa brisa

Sopra o seu cheiro de flor

Em abandono de amor...

A memória de uma poesia

Escreve seu verso ali a reverso...

No seu templo imensurável

Clandestina alma

Em sepulcro alento de paz!

Dimensão longínqua

De uma beleza efêmera

Transitória por uma rosa

Que sobre o infinito medita

Em silêncio sua poesia de amor!...

Em 13 de abril de 2009

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