Sou
sou eu o quase tudo
E o quase nada
Até porque ser tudo ou nada
Exige um esforço mais que humano
Sou a lágrima que jamais cai
Mas também sou o pranto
Tantas vezes derramado
sou a expressão mais viva
do que é e não é ser alegre
Em tudo que faço
procuro o máximo que puder encontrar
Mesmo que esse máximo
Não seja esperado
Ao acordar todas as manhãs
Estou sempre pronto pra enfrentar
A batalha da vida
Sou eu o sol que tanto castiga e enche de brilho esse sertão
Mas também sou a chuva que devolve a vida ao chão
E no fim de tudo
Se é que tudo tem fim
Ficarei eu eternamente dentro de mim
E senhor de tudo.