CRIME NASCERÁ em AGOSTO

Sou um cão

e te enforcarei com os raios do sol

que tanto evitas

como se a notícia da luz

te fizesse

um anjo cremado na aurora

O crime nascerá em agosto

das entranhas do meu crânio aloucado

e será um deus de horror

um homem-crepúsculo

batendo as asas de vento

no teu rosto de espuma e dor

O-zanjos não existem

vestiram penas enluaradas

nos assassinos

e as serpentes murmuram

babando

e lábios cortados

tua santa idiotice

Celebraremos a louca procura

da terra indomada e selvagem

ao longo da estrada

cujos cadáveres sorridentes

não deixam dúvida:

a espada do sol petrifica os sonhos