Vestida de Adeus
de domingo, de crepúsculo
não podia ser um dia qualquer
precisava rasgar o sono da noite
fugir,vestir luzes e estrelas
descalça de sonhos acordados
percorrer luares distantes imaginados.
Mesmo dentro dos contrates
entre breus e claridades
não podia haver impasses
precisava de passos e verdades
guardando já saudades
das ruas, da minha cidade.
Hoje abandono os chinelos
abandono tudo e nada
escuto a última melodia
desligo da poesia ,das fantasias
não sei se me escondo ou me revelo
quero a terra nos meus cansados pés
os mares e lagos na alma
memórias para quando voltar.
Não sei se o modelo é correto
se o vestido apropriado
as cores combinando emoções
as asas do adeus é breve
é preciso voar, o sonho não é longo
mesmo que o sono seja profundo.
12/04/2009