O POETA

O poeta é um artista, tal qual, um pintor,

Difere deste, apenas porque pinta,

Por meio da poesia, o amor e a dor...

Do amor.

Não usa cores pré-definidas,

Mas pinta co’as cores dos amores e dores,

Dos espinhos e flores,

Da aquarela da vida.

É um artista de cuja fronte, como suor,

Lágrimas descem sem gemido.

É um escultor em cujas mãos, como argila,

As palavras tomam forma e sentido.

O poeta é também um malabarista,

E das noites de luar, autodidata.

Equilibra-se no punhal da saudade,

Parece ter saído inteiro,

Mas por dentro, o punhal o fere,

Quase o mata.

Assim é o poeta... Um artista de rua.

Que faz da poesia aconchegante guarida.

Queime do poeta toda poesia,

Mas não o tire o dom,

Pois assim fazendo...

Estão tirando-lhe a vida.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 11/04/2009
Reeditado em 11/04/2009
Código do texto: T1534455
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