"ALMA CARNÍVORA" Poema de: Flávio Cavalcante

“ALMA CARNÍVORA”

Poema espírita

de

Flávio Cavalcante.

I

Homem que devora

Animais da mesma espécie

Destrói tudo sem demora

Que bate na face e esquece

II

Mau caráter de gravata

De capital esbanjando fortuna

Achando que é o dono da nata

Vivendo numa grande rotunda

III

Pisando seu submisso

Como se fossem herbívoros

Não vendo nenhum mal nisso

Se tornando animais carnívoros

IV

Almas sem sentimento

Corpo em putrefação

Ação sem conhecimento

homens sem coração

V

Não sabe ele o porvir

Deixando o egoísmo na frente

Sem a dor do consciente

Não sabe ainda a servir

VI

Suba sem pisar

Cresça amadurecendo

Aprenda na vida a amar

Viva tropeçando e crescendo

VII

Seguindo uma mesma direção

Com o objetivo de chegar lá

Subindo estendendo a mão

Para um irmão que precisar

VIII

O primeiro eu

É próprio do egoísta

Depois de você sou eu

É assim que se conquista

IX

O vício de dominar

Sem querer ser dominado

A virtude do saber dar

Faz parte do aprendizado

X

Estupefato pela reação

De um futuro mal criado

Amando com muita ação

Que plantou no seu passado

XI

Fazendo sua vida futura

Apagando sua dívida passada

É coisa que a alma madura

Faz quando está encarnada

XII

A maturidade do espírito

Está no brilho sincero do olhar que

Transmite todo sentimento , sem

deixar escapar uma só palavra

XIII

A consciência é o espelho que reflete a luz

da essência e que mais que uma evidência

reluz no íntimo de um bom conselho

XIV

Por mais profundo que fosse o coração

Seria um poço raso , se não tivesse o

Mais profundo sentimento da alma

Que é o AMOR

Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 11/04/2009
Código do texto: T1533429
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