EM DEFESA DE ENOS
Oh! Enos! Meu caro Enos!
Percebes o que fizeste de ti,
E dessa tua vida precária?
Em meio a toneladas d’entulhos,
O seu presente sem embrulho,
Foi a vigilância sanitária.
Não fique triste, meu caro Enos!
Apesar de tudo mantenha a calma,
Quanto a vocês que atiram pedras,
Respondam... O que é mais triste,
O homem dentro do lixo,
Ou o lixo dentro das almas?
Oh! Enos! Meu caro Enos!
Apesar de tudo mantenha a calma.
Onde estão os que te acusam?
Ah! Já dobraram a esquina!
Estás assim pela vigilância sanitária...
Ai deles, diante da vigilância divina!