VI
Vi ladeando a estrada árvores verdejantes
O milagre da vida se renovando...
O vale, fonte de beleza e riqueza
Cada vez mais aconchegante.
Por baixo das pontes, o leito do rio transbordante
No ar, borboletas esvoaçantes
Enquanto, das nuvens descia a neblina.
Vi no pico mais alto uma beleza sem igual
Todo revestido de verde cintilante
Com um véu branco o seu topo envolver
Como se fosse uma noiva no altar.
É um convite aos amantes da natureza
Mesmo a distância a visão é extasiante
E não há como negar um olhar, cada passante.
Nessa bela paisagem me envolvi
E até esqueci o medo da velocidade
Os perigos da estrada...
Os problemas adormecidos...
Restando, no entanto, a esperança sonhada.
Desejei naquele instante ali parar
E como uma borboleta poder voar
Vagar livremente pelos campos
E fazer real meus pensamentos.