DESPEDIDA

A noite alta

E envelhecida

Era a fossa

Que se abria,

Meio à minha

E a tua vida.

Eu lá me fiquei,

À luz da lua,

Àquela noite fria,

Qual uma estátua,

Em serão à tua

Despedida.

E tentei erigir,

Na canção,

A nossa antiga

Cama, tão tarda,

Mas que fora amiga.

E, já tão tarde,

Tão tarde, demais,

Já era tão tarde;

Já era o final

De um festival,

Na madrugada

Insone e mal

Dormida.

E tudo só se deu

Por causa da tua

Despedida.

Fort., 08/04/2009.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 09/04/2009
Reeditado em 09/04/2009
Código do texto: T1529856
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.