A Palavra Censurada.
Tirem o cadáver da sala
O cheiro que dele exala
Há de espantar os falantes
Esta matéria morta, inerte
Com seu odor intolerante
Só está a procriar vermes...
Tirem o morto da sala
Dele ninguém mais fala
Nada de bom ou de sério
Ouço infamias e vitupérios
Por seu avaro inventário
Tirem esse corpo da sala
Dispense a reza e o pároco
Desmonte o pranto e o oratório
Expulsem estas carpideiras
Silenciem já este velório
E calem esta reza tonta!