Sede - Ohlavrac Nilknarf

Olho para mim, bem para dentro, de mim para mim,

e vejo arrependimentos, amarguras, tristezas...

É um olhar profundo, um olhar mórbido.

De um alguém que busca por algo,

de um alguém que chora,

um alguém que sofre...

Incompreensíveis sentimentos íntimos.

Tão íntimos que até mesmo os perdi!

Mais uma noite escura, a cidade dorme, a Lua dorme, meu quarto brilha...

Sabe, viver é algo bastante cômico, diria até hilário...

Você cresce, cresce, cresce...

E percebe que não serviu de nada, não fez nada, não viveu nada!

Talvez esses sejam mais alguns versos tristes em noites frias...

Todo o prazer mundano,

já não satisfaz!

O que eu quero da vida?

Eu tenho sede de mais...