Como uma nuvem

Hoje acordei leve como uma nuvem a flutuar

Em volta de mim um imenso céu azul desconhecido

Meus olhos alcançaram mais longe onde devo desbravar

Chega de cantar tristeza, chega de desejo contido!

Uma nuvem nunca volta e o passado não haverá de voltar

Há uma imensidão à frente e esse será sempre meu rumo

Ao sabor dos novos ventos minha forma hei de adaptar

Errante num céu sem gente vou procurando meu aprumo

Por mais alto que more a nuvem nunca está além da saudade

Mas se o sol for indulgente essa saudade em mim evapora

Seguirei juntando-me a outras nuvens e crescendo de verdade

Ou despencarei meus sonhos como uma nuvem que chora

Angelo Tomasini
Enviado por Angelo Tomasini em 07/04/2009
Reeditado em 08/04/2009
Código do texto: T1526817
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