A QUINTA FEIRA DA PAIXÃO

A escuridão da noite o encobriu.
Porém, um ósculo do amigo,
Indicou-O para o inimigo.
Assim ao Nazareno ele traiu.

Estavam orando no jardim,
Chamado Horto das Oliveiras,
Era chegada a hora da quinta feira,
Iniciava-se ali o festim.

Terá sido Judas quem traiu
a Jesus, nosso mestre divino?
Ou foi o maldito destino,
quem a sua mão conduziu?

Já nas sagradas escrituras,
tudo isso estava escrito.
E a Judas restou ser o proscrito,
entre todas as piores criaturas.

Mas foi também o instrumento,
sem o qual não se cumpriria,
a versão sagrada da profecia,
deste macabro ritual cruento.

Pelos soldados, Jesus foi levado,
ao Templo onde os sacerdotes,
que usaram de Judas Iscariotes,
para terem a Jesus capturado

Pilatos afirmou a Caifaz em vão:
Nenhuma culpa nele consigo ver...
Mas sob pressão, nada quis fazer,
entregou-o, lavando suas mãos.

Jogaram sobre Jesus um manto
e com espinhos foi Ele coroado.
Como Rei dos Judeus aclamado,
E sua mãe Maria, era só pranto.

Jesus foi açoitado, fraco e combalido,
ganhou uma pesada cruz para levar
que não teria forças pra carregar,
Se não fosse de Deus, o Escolhido...

Seu sangue foi para a remissão,
de todos os pecados deste mundo.
Logo, o propósito era mais profundo,
trazer à humanidade a redenção.

Marco Orsi