Diana, vede esta criança

Diana,

Vede esta criança

Que afugenta o tempo

E que de tanto querer saber do mundo vão

Tenta não dormir

Cega em complacência

Acolherás está vida etérea

Por entre teus seios

E teus finos braços de acrílico

Terás luz

Serás mulher materna

Não temerás a ida ao pó.

Pois o que teme o mundo

É esta pequena semente, sés Deus

Bem mais do que eu

Que tenho a consciência plena de séculos

E a fiel incerteza

Sobre o que meus sentidos me dizem

Diana, não se durma ao menos

Sem beijá-la a face em amor

Na prece divina que és e não sabes

A cada esplendor do sono

Da noite

E de seu dom.

Parangolérico Kaloré Kerexu
Enviado por Parangolérico Kaloré Kerexu em 08/05/2006
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