Diana, vede esta criança
Diana,
Vede esta criança
Que afugenta o tempo
E que de tanto querer saber do mundo vão
Tenta não dormir
Cega em complacência
Acolherás está vida etérea
Por entre teus seios
E teus finos braços de acrílico
Terás luz
Serás mulher materna
Não temerás a ida ao pó.
Pois o que teme o mundo
É esta pequena semente, sés Deus
Bem mais do que eu
Que tenho a consciência plena de séculos
E a fiel incerteza
Sobre o que meus sentidos me dizem
Diana, não se durma ao menos
Sem beijá-la a face em amor
Na prece divina que és e não sabes
A cada esplendor do sono
Da noite
E de seu dom.