Sobre a Arte de Gesticular as Mãos
Fazer de um gesto um espetáculo
Dizer pelas mãos e cotovelos
Oh, cretino infeliz e bastardo
Porque rouba de mim o meu desprezo
Já que, antes de tudo...
Tu deverias ser ainda tão melhor
Para ser digno de ser desprezado?
E é por isso que eu me entristeço
Por isso me sinto tão ordinário
Por gastar meus versos contigo
Que não merece sequer uma vírgula
Ah, maldita e jocosa aporia...
Por saber que mesmo se nada escrevesse
Ainda assim, far-te-ia um elogio.