SORRISO GUARDADO NA GAVETA

Tal mãe, tal filha.

Lindeza nos rosto, nos cabelos,

na voz(inha) estridente

de boneca de pilha!

Papai ciumento de tudo!

Que beleza a poesia do amar!

Bom quando se pode viciar alguém

no amor de viver...

Razões pra sonhar o futuro.

Imagino os dentinhos-de-leite

da Belzinha

caindo como pérolas maduras.

Mamãe guardando, guardando.

Só pra que não se perca a infância.

Bel, aborrescente,

talvez não venha a morder o mundo...

Isabel, aos quinze, desejosa,

possivelmente valseie sobre nuvens

a tal alegria de continuar viva.

– Do livro BULA DE REMÉDIO, 2004/2009.

http://www.recantodasletras.com.br/poesias/152398