verso bastardo

Sou mulher da vida

Porque não vivo da morte.

Canto as coisas vivas

E entrego tudo à própria sorte.

Poetizo tudo ao meu redor,

Da natureza tempestiva

À criatura sempre viva;

Tudo o que já sei de cor.

O que está dentro

Está fora

E o que está fora já não demora

Reflete logo aqui dentro.

Sei apenas o que sei,

Do além mais eu desconheço.

Quero mais cantar a vida

Do princípio ao recomeço.

E se o som da dura queda

O meu cantar vier calar,

Deixarei minha arte ir-se embora

Para onde mais quiser morar.

Silvana Bronze
Enviado por Silvana Bronze em 05/04/2009
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