Auto-retrato

Sou o A do mar

Que o luar prateia

Estou na união

Não mera luz, candeia.

Quando conduzo-me

Reduzo-me a pó de areia

E o que um dia foi nascente

Hoje tange, só margeia.

Preciso dizer-lhe, porém protelo,

Pois meu castelo não é teia,

Que me golpeia se não é sincero

O elo que de mim granjeia.

Nas profundezas dos meus anos

Se me engano canta uma Sereia

Que me encanta com seus gestos

E as arestas do meu existir floreia.

Lucianobrunelli
Enviado por Lucianobrunelli em 04/04/2009
Código do texto: T1522794
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.