Carnal...

Carnal,

Resistindo a idéia de ser humana...

Puramente animal.

Libido insistindo no domínio

Ter a certeza de ser caçadora

Mimetizando-se de caça

Armadilha fatal

Dualidade de essência

Profana e espiritual

Jogo de xadrez

Dama da noite

Ninfa angelical...

Carnal?

Crise psicológica

Meu mundo perdeu a forma

Perdi o ritmo, o estímulo, você...

Não estava preparada para perder de novo

Frustrada, triste, desolada

Sem noção de espaço

Sufoco num colapso real...

Inocentemente carnal

Passar pela transformação da consciência

É uma experiência terrível

Sensível, em carne viva

Tô muito mal...

Mas necessário se fez a desolação

Amar sem fronteiras, sem medos, sem proteção...

É o motivo da invasão

Do meu mundo pela solidão

Repete-se o começo

A semente morre para germinar

Meu ciclo acabou?

Não, nunca floresceu em minhas planícies o amor

Só flores temporãs...

Preciso enterrar meu lúdico

Para sobreviver no real,

Ser eternamente carnal.

Meu agora é um deserto vasto e inóspito

Meu momento atual

Litígio com a felicidade

Meu coração se veste de atrocidades

Serei volúvel, cruel... Apenas carnal.

Observadora
Enviado por Observadora em 04/04/2009
Reeditado em 04/04/2009
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