POEMETO NATURAL

O dia

alevantou-se

com sofreguidão

de amar.

O Sol

desconjuntou-se,

como fosse vespa, a

voar.

A garça

desembestou-se,

em ponta de flecha,

no ar.

A tarde

encafurnou-se

pela porta aberta

do mar.

E a noite,

por fim, matou-se

no mais natural

luar.

Fort., 04/04/2009.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 04/04/2009
Reeditado em 04/04/2009
Código do texto: T1521698
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