POEMETO NATURAL
O dia
alevantou-se
com sofreguidão
de amar.
O Sol
desconjuntou-se,
como fosse vespa, a
voar.
A garça
desembestou-se,
em ponta de flecha,
no ar.
A tarde
encafurnou-se
pela porta aberta
do mar.
E a noite,
por fim, matou-se
no mais natural
luar.
Fort., 04/04/2009.