Bazares
"Preso à minha classe e a algumas roupas,
vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me" *
Para Eliane Regina Leão
No Bazar do Mundo,
as melancolias se oferecem
e as mercadorias apodrecessem.
O anjo torto, Carlos, fala-me: apresse-se.
É hora de vir.
Acabou teu ato.
Logo o pano desce.
Mas a Mulher me olha
e vê-la me enternece.
A dor, logo se esquece.
* do Poema "A Flor de a Náusea", do Mestre Maior Carlos Drumonnd de Andrade.