IMPRESSÃO

IMPRESSÃO

Tenho pressa

Porque a vida me alerta

Que não posso voltar

Devo continuar

Andar

Cantar sem gritar

Cantar para chorar

Cantar para espantar

Vejo a conversa

Estou imersa.

Não posso

Não quero

Não devo

duvidar.

Me imponho,

Me expresso,

Sou impune,

Mas me implico no verso do meu ego.

Imune aos meus versos

Julgados,

Ameaçados,

Impressos.

Nossos versos talvez incorretos ou indiscretos,

Secretos.

Imprimo os meus medos, mas ainda é cedo.

Há uma impressão das tortuosas manhãs e madrugadas.

Será que ainda pensam em mim?

Será que me zelam, me guardam ou me invejam?

Será que me atraem ou me afastam?

Será que me querem por perto mesmo sabendo que continuo a sonhar?

ANDRÉA ERMELIN

20 de Novembro de 2003

SALVADOR-BAHIA/BRASIL

PUBLICADO EM 03 de Abril de 2009

Andréa Ermelin de Mattos
Enviado por Andréa Ermelin de Mattos em 03/04/2009
Código do texto: T1521235
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