UM SOPRO
Não vejo a hora de ter 80 anos
Ver da minha cadeira de balanço
O resto da vida passar pela janela.
Quero viver minha vida apenas na lembrança
Numa lágrima que escorria do meu rosto
Quando eu ainda não era morta.
O único vento que quero,
É o ofegante que sai da minha boca
Nos últimos delírios.
As respostas, as que vocês querem ouvir de mim,
Eu as darei lá,
Quando estiver no meu leito de mármore,
Parada, fria, sem expressão.