APELO
Saí pela noite, escura e fria.;
Chovia!
Monstros se elevam ao céu
No breu
Da atmosfera sofrida, vencida,
Desvalida!
A frieza do betão irrompe a Natureza,
Sem defesa.
Há, porém, uma luz que cintila num último andar
A acenar!
Ecoa um grito sufocante,
Apelante,
Que ninguém ouve, apenas eu!
Simples plebeu.
E com a luz dessa chama cintilante,
Brilhante,
Que envolveu todo o meu ser.;
Sem descrer
Na juventude de hoje e de amanhã,
De que sou fã,
Lhe faço um apelo de pureza:
Amai a Natureza
Tal como fareis ao amar,
No vosso lar,
O outro ser que elegestes por alteza.