DEVANEIO
DEVANEIO
Quando o poeta é querido
Fica logo envaidecido
Com os leitores, que o fazem,
Engendra novos poemas,
Fazer versos é seu lema,
Que lhe dão muita coragem.
Espreita pela janela
Em noite de escuridão
Olha, fugaz, a viela
Para ver através dela,
Em perfeita comunhão,
A ideia com que emparcela.
E porque o sol não existe
E é noite sem estrelas
Não surgem ideias belas
Ou tema que o assista
Mas procura refazê-las
Buscando o que tem de artista.
Embarca em espaço-nave
Vai no mundo ao “telhado”
Vê a muralha da China
E o seu protectorado.
Uma cor misteriosa
Diz-lhe que está no Tibete
Recorda a etnia “”Qiang”
“Tu Guhun” e “Tubo”; não esmorece.
Pasmou com o mosteiro Jokhang,
Onde casou a princesa,
Viu o Buda Dalai Lama,
Que venerou com presteza.
Regressou pela manhã
Desta viagem tão bela
Já o sol no seu afã
Sorria para a viela.